Diálogos intergeracionais: o que dizem crianças, jovens e avós sobre infância
Intergenerational dialogues: what children, young people and grandparents say about childhood
Palavras-chave:
Infâncias, jovens, avósResumo
Este artigo tem como objetivo discutir os sentidos e significados de criança e infância em diálogo com narrativas de crianças, jovens e adultos que são avós, a partir de entrevistas realizadas em três pesquisas de doutorado. O contexto, a metodologia e os sujeitos participantes são apresentados para, em seguida, abordar a temática da infância, compreendida em um contexto intergeracional com base nos estudos de Manuel Sarmento e Walter Benjamin. As conclusões retomam resultados das pesquisas, considerando modos de ser criança e de ser adulto. Ao tratar da infância, tanto as crianças quanto os jovens e adultos entrevistados destacam a importância do brincar e da presença, acenando às marcas que as relações intergeracionais deixam em nós.
Palavras-chave: Infâncias; Jovens; Avós.
Abstract
The article aims to discuss the meanings of children and childhood in dialogue with narratives of children, young people and adults who are grandparents, based on interviews carried out in three doctoral studies. The context, methodology and participating subjects are presented to approach the concept of childhood understood in intergenerational dialogue based on Manuel Sarmento and Walter Benjamin´s studies. The final commentaries return to the findings of the researchers, considering different ways of being a child and being an adult. Talking about childhood, the children, young people and adults interviewed emphasize the importance of playing and presence, highlighting the marks that intergenerational relationships leave on us.
Keywords: Childhoods; Young People; Grandparents.
Downloads
Referências
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Tradução feita a partir do francês por Maria Ermantina G. G. Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
BAUDELAIRE, C. As flores do mal. Tradução de Ivan Junqueira. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
BENJAMIN, W. Obras escolhidas III. Charles Baudelaire, um lírico no auge do capitalismo. Tradução de José Carlos Martins Barbosa e Hermerson Alves Baptista. São Paulo: Brasiliense, 1989.
BENJAMIN, W. Obras escolhidas. Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. 7. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
BENJAMIN, W. Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. Tradução de Marcus Vinicius Mazzari. São Paulo: Ed. 34, 2002.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996.
BROUGÈRE, G. Brinquedo e cultura. São Paulo: Cortez, 1995.
CARRANO, P. Juventudes: as identidades são múltiplas. Movimento, Revista da Faculdade de Educação da UFF, n. 1, DP&A, 2000.
CASTRO, L. G. Delicadezas, afetos, infâncias: avós, netos e suas histórias. Tese (Doutorado) - Departamento de Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022.
COUTO, M. O rio das Quatro Luzes. In: COUTO, M. O fio das missangas: contos. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
DAYRELL, J. O jovem como sujeito social. In: Juventude e Contemporaneidade. Brasília, DF: UNESCO/MEC/ANPEd, 2007. (Coleção Educação para Todos; 16). Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=648-vol16juvcont-elet-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 26 mar. 2024.
DIDONET, V. ECA e a primeira infância. Rede Nacional da Primeira Infância, Brasília, DF, 2015. Boletim online. Disponível em: https://primeirainfancia.org.br/artigos/eca-e-primeira-infancia-por-vital-didonet-educador-e-assessor-legislativo-da-rede-nacional-primeira-infancia/. Acesso em: 25 mar. 2024.
HILLESHEIM, B. Uma educação por vir: infância e potência. Educ. Soc., Campinas, SP, v. 34, n. 123, p. 611-620, abr./jun. 2013. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0101-73302013000200016. Acesso em: 25 mar. 2024.
KRAMER, S. (org). Retratos de um desafio: Crianças e adultos na educação infantil. São Paulo: Ática, 2009.
KRAMER, S. “PRECISAMOS ESTAR PREPARADOS PARA BRINCAR MUITO!” Entrevista concedida à Anelise Nascimento, Nazareth Salutto e Silvia Néli Barbosa. Revista Interinstitucional Artes de Educar, [S. l.], v. 6, n. 2, p. 775–791, 2020. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/riae/article/view/51073. Acesso em: 7 mar. 2024.
KRAMER, S. A política do pré-escolar no Brasil: a arte do disfarce. Rio de Janeiro: Achiamé, 1982.
KRAMER, S.; MOTTA, F. Verbete criança. Dicionário “Trabalho, profissão e condição docente”. Belo Horizonte: Gestrado/UFMG, 2011. Disponível em: http://www.gestrado.net.br/?pg=dicionario-verbetes&id=107. Acesso em: 5 mar. 2024.
KRAMER, S.; NUNES, M. F. R.; PENA, A. Crianças, ética do cuidado e direitos: a propósito do Estatuto da Criança e do Adolescente. Educ. Pesquisa, São Paulo, v. 46, p. 1-18, 2020. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/186916/172437. Acesso em: 5 mar. 2024.
MACEDO, N. M. R. et al. Encontrar, compartilhar e transformar: reflexões sobre a pesquisa intervenção com crianças. In: PEREIRA, R. M. R.; MACEDO, N. M. R. (org.). Infância em pesquisa. Rio de Janeiro: NAU, 2012. p. 87-108.
PEREIRA, R. M. R; JOBIM E SOUZA, S. Infância, conhecimento e contemporaneidade. In: KRAMER, S.; LEITE, M. I. (org.). Infância e produção cultural. Campinas, SP: Papirus, 1998. p. 25-42.
QVORTRUP, J. A infância enquanto categoria estrutural. Tradução de Giuliana Rodrigues com revisão técnica de Maria Letícia B. P. Nascimento. Educação e Pesquisa,
São Paulo, v. 36, n. 2, p. 631-643, maio/ago. 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ep/a/M9Z53gKXbYnTcQVk9wZS3Pf/?lang=pt. Acesso em: 24 mar. 2024.
SARMENTO, M. J. Gerações e alteridade: interrogações a partir da sociologia da infância. Educ. Soc., Campinas, SP, v. 26, n. 91, p. 361-378, maio/ago. 2005. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0101-73302005000200003. Acesso em: 24 mar. 2024.
SARMENTO, M. J.; PINTO, M. As crianças: contextos e identidades. Braga: Universidade do Minho, Centro de Estudos da Criança, 1997.
SCRAMINGNON, G. B. S. Ser criança, ser adulto, ser professor: encontros, diálogos e desvios com crianças de seis a dez anos. Tese (doutorado) – Departamento de Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.
SIQUEIRA, R. B. “Sou muito jovem”: escolhas e estratégias de jovens de um curso de formação de professores. Tese (doutorado) - Departamento de Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.
Downloads
Publicado
- Visualizações do Artigo 279
- pdf downloads: 188