Submissões
Condições para submissão
Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a conformidade da submissão em relação a todos os itens listados a seguir. As submissões que não estiverem de acordo com as normas serão devolvidas aos autores.- Antes de submeter o artigo à Revista o autor deve ler as normas de submissão e incluir o artigo no template da Revista Cocar
- Marcar o aceite da declaração de direito autoral
- Incluir os dados dos autores, incluindo nome, biografia, e-mail e orcid e os dados do artigo: nome e resumo no sistema da Revista Cocar
- Transferir os artigos em World, identificado e não identificado no item submissão de artigos. Após submeter o artigo identificado, incluir o segundo (não identificado) em OUTRO.
- Incluir as declarações de revisor do texto em lingua portuguesa e estrangeira em PDF, na aba submissão, em OUTRO.
- Favor ler as diretrizes para autores antes de submeter o artigo
- Finalizar a submissão
Artigos
A Revista Cocar aceita para publicação artigos inéditos de autores brasileiros e estrangeiros na área de ciências humanas, com ênfase em educação e diversidade cultural, resultantes de estudos teóricos, pesquisas e relatos de experiências. Excepcionalmente poderão ser publicados artigos de autores brasileiros ou estrangeiros editados anteriormente em livros e periódicos que tenham circulação restrita no Brasil.
Relatos de Pesquisas
A Revista Cocar aceita para publicação artigos inéditos de autores brasileiros e estrangeiros na área de ciências humanas, com ênfase em educação e diversidade cultural, resultantes de estudos teóricos, pesquisas e relatos de experiências. Excepcionalmente poderão ser publicados artigos de autores brasileiros ou estrangeiros editados anteriormente em livros e periódicos que tenham circulação restrita no Brasil.
Resenhas
A Revista Cocar também aceita para publicação de resenhas, que devem ter entre 3 e 6 laudas. A digitação e a formatação devem obedecer a mesma orientação dada para os artigos originais.
Dossiê: Experiências instituintes de pesquisa e formação docente: diálogos latino-americanos
Este dossiê é proposto por pesquisadores que integram a pesquisa em rede “Experiências instituintes de formação docente, uma abordagem narrativa (auto)biográfica: diálogos latino-americanos” (CNPq) e tem como objetivo discutir experiências instituintes de pesquisa e formação docente na América-Latina, tendo como referência abordagens narrativas e (auto)biográficas, com destaque para dimensões epistemopolíticas, éticas, estéticas, teóricas e metodológicas. Diversas pesquisas, nacionais e internacionais apontam para a importância da formação centrada na escola, a valorização dos saberes docentes, memórias e narrativas. O Brasil e a América Latina registram significativas experiências de formação que são, muitas vezes, invisibilizadas.
A partir da obra da professora Célia Linhares (2007), tomamos como instituintes experiências de formação docente inicial e continuada, envolvendo escolas e universidades, em que ciências, técnicas, práticas, políticas e estéticas indicam modos outros de produzir conhecimento, pesquisar, formar e habitar o mundo. Tomamos as questões de estudo da pesquisa como disparadores também do presente dossiê, a saber: “quais os delineamentos, princípios e características das experiências instituintes de formação inicial e continuada de professoras/es, fundamentadas em abordagens narrativas e (auto)biográficas, no Brasil e na América Latina? Como se dá o entrelaçamento entre práticas, memórias e políticas da formação docente nas experiências inventariadas? Como as experiências instituintes de formação docente podem potencializar concepções e práticas no Brasil e na América Latina?”.
Serão acolhidas no dossiê propostas que focalizem experiências de pesquisa e formação docente, no contexto das abordagens narrativas e (auto)biográficas, em uma pluralidade de entrelaçamentos, entre as quais, as que possam contemplar os eixos:
- Abordagens epistemopolíticas, éticas, estéticas, teóricas e metodológicas das pesquisas narrativas e (auto)biográficas;
- Pesquisa-formação, pesquisaformação, vidapesquisaformação;
- Formação docente e perspectivas decoloniais, antirracistas, feministas, anticapacitista, intergeracionais e democráticas: abordagens instituintes
Desejamos, assim, que os artigos sigam mobilizando a comunidade acadêmica e o inventário de experiências instituintes na formação docente na América Latina.
Dossiê: OS PROCESSOS DE PRIVATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA SOB A ÉGIDE DA INOVAÇÃO E DA TECNOLOGIA
A privatização da educação básica no Brasil ocorre por meio da direção e da execução dos processos educacionais, envolvendo a oferta educativa, a gestão educacional, a formação de professores e os currículos escolares, havendo, como implicações, a disseminação de valores mercantis como individualismo, competitividade e meritocracia, que vem se ampliando com o avanço da digitalização e da plataformização da educação num movimento contraditório do Estado brasileiro, mas intencional a partir da lógica neoliberal que fomenta ditas inovação na educação ao mesmo passo que processos de desigualdades são acentuados. O dossiê possui, como objetivo, analisar os atuais processos de privatizações e mercantilização da educação, em todas as etapas da escolaridade, nas cinco regiões brasileiras e que se tornam cada vez mais complexos e disseminados, legitimando os interesses de entidades privadas, com ou sem fins lucrativos, ou, ainda, as organizações a estas associadas e estruturadas por meio de redes de colaboração a partir dos discursos de inovação materializados em políticas públicas considerando que a tecnologia proporciona ferramentas para a efetivação da inovação, que por sua vez exige permanentemente o avanço da tecnologia.
A educação pública como expressão de disputas: análise de interesses privados e privatistas em contextos do sul global.
no campo concreto da educação, seja a fragilidade dos Estados ou as assimétricas relações em favor de elites que os contituem em cada contexto analisado, sedimentou as possibilidades das agendas nacionais se imporem nos diferentes países como a possibilidade plausível da realização dos programas públicos do sector, independente das ideologias que as sustentam. Como consequência, testemunha-se a proliferação de atores e de agendas privatistas e privadas em torno da demanda pela educação. Este dossiê dedica-se, justamente, a compreender os cenários que se constroem e se sedimentam na esfera pública do sul global face aos interesses privados historicamente construídos nos contextos de agendas multilaterais dos programas de cooperação e financiamento ou decorrentes da institucionalização e, quase naturalização, de orientações políticas associadas a tais interesses.
dossiê: (Re)lançando a indagação: "A escola tem futuro?"
A presente proposta de dossiê tem como foco os processos culturais e a relação com a escola.
Após 20 anos do lançamento do livro A escola tem futuro?, de Marisa Vorraber Costa (2003), nos questionamos: o que pode a escola? Como está sendo o seu presente? Qual o seu futuro? Várias pesquisas e políticas estão centralizadas em compreender esse fenômeno social. Se as escolas podem reforçar estereótipos e sistemas de opressão, também são elas que polinizam micropolíticas tecidas através de múltiplas formas de habitar territórios e ressignificar definições e ordenamentos macros.
Se é verdade que nas escolas se vive um movimento de massificação de informações, reafirmando a reprodução de modelos, em sua maioria caracterizados pela dita “grande mídia”, pelas meta-narrativas que invisibilizam experiências singulares e culturas locais, também é verdade que o cotidiano escolar, como espaço/tempo complexo, é lugar de produção, de criação, de indagação e de rebeldia. Se a escola, hoje, ainda sofre e padece sob os efeitos do conservadorismo, da política da mesmidade, do desejo de uniformidade e da produção de homogeneidades, se ela ainda caminha, de modo hegemônico, no sentido de apresentar respostas, solucionar problemas, equacionar a “incivilidade” do outro, do diferente, do diverso, ela também é o lugar onde a diferença pode ser desconstruída como desvio e legitimada como constitutiva das relações de alteridade. A escola também é espaço praticado onde as homogeneidades são desfeitas, onde a esperança floresce como fruto possível de um mundo outro. Se por um lado o cotidiano escolar tem sido marcado por esse tempo de automatismo, aceleração e controle social, por outro, esse mesmo cotidiano apresenta caminhos a serem trilhados, convites a pensar nossas relações com o mundo e no mundo. A escola, como dizem os que habitam o Sul, “dá samba”. E dar samba tem a ver com as possibilidades que emergem das relações e encontros... Como diria Chico Buarque, em sua canção Tem mais samba, “tem mais samba no encontro que na espera”, conforme vem sendo discutido por Garcia (2013).
É a partir do reconhecimento da importância dos encontros, da relevância de nossas heranças, que este Dossiê pretende se debruçar. Afinal, quando atualizamos a indagação presente no livro de Costa (2003), tanto nos conectamos com uma história que nos antecede quanto abrimos a possibilidade de contar histórias outras. Passadas mais de duas décadas desde seu acontecimento, relançar o questionamento “a escola tem futuro?” nos coloca como herdeiros de um sentido de instituição que não é algo naturalmente dado, posto que a escola se reconfigura no espaço e no tempo a partir de urgências históricas e de modos de composição cotidianas.
Frente ao mencionado, admitimos que estamos lidando, imprescindivelmente, com embates em torno da significação. Assumir um sentido de escola implica, necessariamente, a disputa com tantos outros modos possíveis de compreendê-la. Expomos isso para afirmar que nossa intenção, aqui, é conectar múltiplos modos de compreender essa instituição.
Ao acolhermos a indagação de Costa (2003), estamos propondo "escolher as heranças" (Derrida; Roudinesco, 2004). Ao fazer isso, assumimos não um modo mais privilegiado de olhar, mas uma dentre tantas outras possibilidades. Ora, se “a idéia de herança implica não apenas reafirmação e dupla injunção, mas a cada instante, em um contexto diferente, uma filtragem, uma escolha, uma estratégia” (Derrida; Roudinesco, 2004. p. 17), relançar a indagação sobre a escola implica, justamente, assumir que isso se trata, sobretudo, de uma escolha em busca de entender alguns meandros dessa instituição.
Que reconfigurações a escola vem sofrendo? Como compreendê-la no interior de jogos de saber-poder que a constituem de modos díspares? De que maneira olhar para as urgências que lhe acometem? A pandemia de Covid-19 mudou nosso pensamento sobre a escola? Quais os impactos dos novos dispositivos tecnológicos nessa instituição? O que as macropolíticas têm para dizer no tocante à escola? O que os novos sujeitos da pedagogia estão pensando sobre ela? Como os movimentos culturais e sociais estão percebendo a escola? O que nós, pesquisadores(as) em educação e professores(as), como herdeiros dessa instituição, temos a dizer? Quais as nossas escolhas éticas, estéticas e políticas quando pronunciamos, mais uma vez, a indagação “a escola tem futuro?”. Essas e outras tantas perguntas nos acompanharão na elaboração do Dossiê proposto
Declaração de Direito Autoral
O envio de qualquer colaboração implica automaticamente a cessão integral dos direitos autorais à Revista Cocar. A Revista não se obriga a devolver os originais das colaborações enviadas.