Mulheres e Educação Popular: diálogos a partir de uma perspectiva feminista interseccional

Mujeres y Educación Popular: diálogos desde uma perspectiva feminista interseccional

Autores

Palavras-chave:

Educação Popular; Mulheres militantes; Pedagogias Feministas

Resumo

Neste artigo, objetivamos identificar e compreender a práxis educadora de mulheres nos coletivos de luta que elas integram. Na interface entre Educação Popular, Movimentos Socias e Pedagogias Feministas, respondemos às seguintes questões: Quais denúncias e anúncios vêm sendo feitos à Educação Popular a partir das mulheres? De quais formas essas denúncias e anúncios são produzidos? Quais seus sentidos político-pedagógicos? A discussão deriva de uma pesquisa de doutorado concluída que mobilizou como estratégias metodológicas a observação participante e entrevistas semiestruturadas, métodos que assumiram configurações específicas no estudo. Os resultados afirmam a ação militante-educadora das interlocutoras do estudo como produção de pedagogias feministas de caráter interseccional, aportando elementos que potencializam a educação popular a partir da luta social.

Palavras-chave: Educação Popular; Mulheres Militantes; Pedagogias Feministas

 

Resumen

En este artículo objetivamos identificar y comprender la praxis educativa de las mujeres en los colectivos de lucha de los que forman parte. En la interfaz entre Educación Popular, Movimientos Sociales y Pedagogías Feministas, respondemos las siguientes preguntas: ¿Qué denuncias y anuncios se han hecho a la Educación Popular por parte de las mujeres? ¿Cómo se producen estos informes y anuncios? ¿Cuáles son sus significados político-pedagógicos? La discusión deriva de una investigación doctoral que movilizó observación participante y entrevistas semiestructuradas como estrategias metodológicas, métodos que tomaron configuraciones específicas en el estudio. Los resultados afirman la acción militante-educativa de las interlocutoras del estudio como producción de pedagogías feministas de carácter interseccional aportando elementos que potencian la educación popular basada en la lucha social.

Palabras clave: Educación Popular; Mujeres Activistas; Pedagogías Feministas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alessandra Bernardes Faria Campos, Universidade Federal de Viçosa

Pós-doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Viçosa (PPGE/UFV), Doutora em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Ouro Preto (PPGE/UFOP), membro do ECOA – Núcleo de Educação do Campo e Agroecologia (ECOA/DPE/UFV) e do TEIA – Territórios Educação Integral e Cidadania (TEIA/FaE/UFMG). Pesquisadora no Projeto GENgiBRe – Relação com a natureza e igualdade de gênero: uma contribuição à teoria crítica a partir de práticas e mobilizações feministas na agroecologia no Brasil. Pesquisa e publica na área da educação, atuando com os seguintes temas: mulheres e Educação Popular; Pedagogias Feministas; movimentos sociais e educação; conflitos ambientais, mulheres e educação. E-mail: ale.bernardescampos@gmail.com. Orcid Id: https://orcid.org/0000-0002-7063-539X.

Bárbara Ramalho, Universidade Federal de Minas Gerais

Professora do Departamento de Administração Escolar (DAE/FaE/UFMG), do Curso de Formação Intercultural de Educadores Indígenas (FIEI) e do Programa de Pós-Graduação em Educação: Conhecimento e Inclusão Social na linha de pesquisa “Educação, Cultura, Movimentos Sociais e Ações Coletivas”. Pesquisa e publica na área de educação, atuando principalmente nos seguintes temas: perspectivas anticoloniais em diálogo com a educação; desigualdades sociais e desigualdades escolares; educação (em tempo) integral. Coordenadora do núcleo de ensino, pesquisa e extensão Territórios Educação Integral e Cidadania (TEIA) da FaE/UFMG. E-mail: bbramalho@gmail.com. Orcid iD:https://orcid.org/0000-0001-5679-4004.

Referências

ARROYO, Miguel. Pedagogias em movimento: o que temos a aprender dos movimentos sociais?. Currículo sem Fronteiras, v. 3, n. 1, pp. 28-49, jan./jun. 2003.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Editora Brasiliense, 1985.

CASTRO, Gisele. F.; IORIO, G.; SIVA, J. C. M.; MAGNO, L.; SIQUEIRA, L. P. G. Luta e resistência em busca de um território livre de mineração: relato sobre o enfrentamento à mineração de bauxita na Serra do Brigadeiro (MG). In: SIVA, M. da S. A.; CARNEIRO, K. G. C.; SOUZA, T R de S; TROCATE, C. T; ZONTA, M. Z. (Org.). Mineração: realidades e resistências. São Paulo: Expressão Popular, 2020, pp. 321-350.

CRENSHAW, Kimberlé. A intersecionalidade na discriminação de raça e gênero. Cruzamento: Raça e Gênero, v. 1, n. 1, pp. 7-16, 2004.

EVARISTO, Conceição. Poemas da recordação e outros movimentos. 3. ed. Rio de Janeiro: Malê, 2017.

FEDERICI, Silvia. Além da pele: repensar, refazer e reivindicar o corpo no capitalismo contemporâneo. São Paulo: Elefante, 2023.

FREIRE, Paulo; FAUNDEZ, Antonio. Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da liberdade. Rio de janeiro: Paz e Terra. 1983.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1987.

FREIRE, Paulo. Política e educação. São Paulo: Cortez, 2001.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 2015.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação. Rio de janeiro: Paz e Terra. 2016.

GOMES, Nilma Lino. O Movimento Negro educador. Petrópolis: Vozes. 2017.

HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, n. 5, pp. 7-41, 1995.

HILLENKAMP, Isabelle (org.). Guia metodológico – Projeto GENgiBRe. Disponível em: https://gengibre.org/publicamos-nosso-guia-metodologico. Acesso em: 20 jul. 2022.

hooks, bell. Ensinando a transgredir: educação como prática da liberdade. São Paulo: Martins Fontes, 2013.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Editora Cobogó, 2019.

KOROL, Claudia. La educación como práctica de la libertad. Nuevas lecturas posibles. In: KOROL, Claudia. Hacia una pedagogía feminista. [S.l.]: El Colectivo; América Libre, 2007.

KOROL, Claudia. Una perspectiva feminista en la formación de los movimientos populares: la batalla simultânea contra todas las opresiones. Revista Venezolana de Estudios de la Mujer, Caracas, v. 13, n. 31, pp. 27-38, 2008.

PAREDES, Julieta; GUZMÁN, Adriana. ¿Qué es el feminismo comunitário? Bolívia: Comunidade Mujeres Creando Comunidad, 2014.

QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (ed.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: Clacso, 2005.

ROSA, Graziela Rinaldi. Pedagogias Populares Feministas latino-americanas: legados feministas para a Educação Popular. In: SILVA, Márcia A. da S.; ROSA, Graziela, R. Pedagogias populares e epistemologias feministas latino-americanas. Curitiba: Brazil Publishing, 2019.

SILVA, Marcio Gomes da. Pedagogia do Movimento Agroecológico: fundamentos teóricometodológicos. 2020. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2020.

SPIVAK, Gayatri. Pode o subalterno falar?. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

WALSH, Catherine. Gritos, grietas y siembras de vida: Entretejeres de lo pedagógico y lo decolonial. In: WALSH, Catherine (org.). Pedagogías decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Tomo II. Quito: Catherine Walsh Editora, 2017, pp. 17-48.

WALSH, Catherine. Lo pedagógico y lo decolonial: entrejiendo caminos. Querétaro-México: Colectivo Zapateándole al mal Gobierno, 2014.

Downloads

Publicado

07/12/2024
Métricas
  • Visualizações do Artigo 18
  • pdf downloads: 32

Como Citar

BERNARDES FARIA CAMPOS, A.; RAMALHO, B. Mulheres e Educação Popular: diálogos a partir de uma perspectiva feminista interseccional: Mujeres y Educación Popular: diálogos desde uma perspectiva feminista interseccional. Revista Cocar, [S. l.], n. 30, 2024. Disponível em: http://177.70.35.171/index.php/cocar/article/view/8689. Acesso em: 28 dez. 2024.

Edição

n. 30 (2024): Dossiê: "Nós" da Educação Popular

Seção

Artigos

Licença

O envio de qualquer colaboração implica automaticamente a cessão integral dos direitos autorais à Revista Cocar. A Revista não se obriga a devolver os originais das colaborações enviadas.