Educação científica e formação para a cidadania mediadas pelo aplicativo de jogo BioIntegrada
Scientific education and citizenship development mediated by the BioIntegrated game application
Palavras-chave:
Educação Ambiental Crítica, Intervenção Pedagógica, Saúde ÙnicaResumo
A Educação Ambiental Crítica pressupõe que a reponsabilidade individual na relação homem-natureza seja substituída pela cultura cidadã coletiva com atitudes pautadas na complexidade das relações ecológicas e seus aspectos sociais, políticos e culturais. Sustentados por essa corrente, apresentamos os resultados de uma intervenção pedagógica com uso do aplicativo de jogo BioIntegrada. O objetivo foi analisar a percepção ambiental de alunos do ensino médio sobre a relação sistêmica “Ser Humano e Meio Ambiente”, a partir do questionário “Minhas Ações no Cotidiano”. Constatamos protagonismo dos educandos ao proporem associar equilíbrio ambiental com bem-estar e saúde humanas. Os alunos se sentiram encorajados para mudar hábitos cotidianos danosos ao planeta, mas também se apoderaram de arcabouços teóricos em relação as desigualdades e injustiças socioambientais.
Palavras-chave: Educação Ambiental Crítica; Intervenção Pedagógica; Saúde Única.
Abstract
Critical Environmental Education presupposes that individual responsibility in the human-nature relationship be replaced by collective citizenship culture with attitudes guided by the complexity of ecological relationships and their social, political, and cultural aspects. Supported by this approach, we present the results of a pedagogical intervention using the BioIntegrated game application. The objective was to analyze high school students' environmental perception regarding the systemic relationship "Human Being and Environment" through the "My Everyday Actions" questionnaire. We observed the students' protagonism as they proposed associating environmental balance with human well-being and health. The students felt encouraged to change daily habits harmful to the planet, while also grasping theoretical frameworks related to socio-environmental inequalities and injustices.
Keywords: Critical Environmental Education; Pedagogical Intervention; One Health.
Downloads
Referências
ARAÚJO, Monica Lopes Folena; FRANÇA, Tereza Luiza. Concepções de Educação Ambiental de professores de biologia em formação nas universidades públicas federais do Recife. Educar em Revista, Curitiba, n. 50, p. 237-252, out-dez, 2013. https://doi.org/10.1590/S0104-40602013000400015
BARRA, Eduardo Salles. A realidade do mundo da ciência: um desafio para a história, a filosofia e a educação científica. Ciência & Educação, Bauru, v. 5, n. 1, p. 15–26, 1998. https://doi.org/10.1590/S1516-73131998000100003
BARROS, Suzane Carvalho da Vitória; MOURÃO, Luciana. Panorama da participação feminina na educação superior, no mercado de trabalho e na sociedade. Psicologia & Sociedade, v. 30, p. 1-11, out, 2018. https://doi.org/10.1590/1807-0310/2018v30174090
BAPTISTA, Clara dos Santos; ROCHA, Marcelo Borges. Diálogos entre Educação Ambiental e Educação Inclusiva: uma análise a partir de dissertações e teses brasileiras. Revista Cocar, Belém, v. 19, n. 37, p.1-20, 2023. Disponível em: https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/article/view/7367. Acesso em: 27 fev. 2024.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acessado em: 17 dez. 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – Ensino Médio. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acessado em: 29 out. 2019.
CAPES. Mulheres são maioria na pós-graduação brasileira, 2017. Disponível em: https://www.capes.gov.br/36-noticias/8315-mulheres-sao-maioria-na-pos-graduacao-brasileira. Acesso em: 12 ago. 2020.
CHAIGAR, Vânia Alves Martins. Ensino com pesquisa e repercussões nas aprendizagens de jovens sobre a cidade: um estudo com discentes da Pedagogia. EccoS Revista Científica, São Paulo, n. 34, p. 97-115, maio-ago, 2014. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=71532890006. Acesso em: 27 fev. 2024.
CHASSOT, Attico. A ciência é masculina? É, sim senhora! 9. ed. São Leopoldo: Unisinos, 2019.
COMPIANI, Maurício. O lugar e as escalas e suas dimensões horizontal e vertical nos trabalhos práticos: implicações para o ensino de ciências e educação ambiental. Ciência & Educação, Bauru, v. 13, n. 1, p. 29-45, 2007. https://doi.org/10.1590/S1516-73132007000100003
DESTOUMIEUX-GARZÓN, Delphine. et al. The one health concept: 10 years old and a long road ahead. Frontiers in Veterinary Science, v. 5, p.1-13, 2018. https://doi.org/10.3389/fvets.2018.00014
DICKMANN, Ivo; CARNEIRO, Sônia Maria Marchiorato. Paulo Freire e a formação de educadores ambientais. Revista Cocar, Belém, v. 13, n. 25, p. 278-306, 2019. Disponível em: https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/article/view/2161. Acesso em: 5 mar. 2024.
FALCÃO, Eliane Brígida Morais; ROQUETTE, Gustavo Sulzer. As representações sociais de natureza e sua importância para a educação ambiental: uma pesquisa em quatro escolas. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, v. 9, n. 1, p. 38–58, 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/epec/a/9QfMkhrg8yWhVKKhSsFn7gD/?format=pdf. Acesso em: 5 mar. 2024.
FOCETOLA, Patrícia Barreto Mathias et al. Os Jogos educacionais de cartas como estratégia de ensino em química. Química Nova na Escola, v. 34, n. 4, p. 248-255, 2012. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_4/11-PIBID-44-12.pdf. Acesso em: 5 mar. 2024.
FRANCELIN, Marivalde Moacir. Ciência, senso comum e revoluções científicas: ressonâncias e paradoxos. Ciência da Informação, Brasília, v.33, n. 3, p.26-34, set./dez. 2004.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GIATTI, Leando Luiz, et al. Condições de saneamento básico em Iporanga, Estado de São Paulo. Revista Saúde Pública, v.38, n.4, p. 571-572, 2004. https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000400014
GIBBS, E. Paul J. The evolution of One Health: a decade of progress and challenges for the future. Veterinary Record, v. 174, n. 4, p. 85-91, Jan. 2014. http://doi.wiley.com/10.1136/vr.g143
GOUVEIA, Nelson. Resíduos sólidos urbanos: impactos socioambientais e perspectiva de manejo sustentável com inclusão social. Ciência & Saúde Coletiva, v. 17, n. 6, p. 1503–1510, jun. 2012. https://doi.org/10.1590/S1413-81232012000600014
GUIMARÃES, Simone Sendin Moreira; INFORSATO, Edson do Carmo. A percepção do professor de Biologia e a sua formação: a Educação Ambiental em questão. Ciência & Educação, v. 18, n. 3, p. 737-754, 2012. https://doi.org/10.1590/S1516-73132012000300016
HERCULANO, Selene. O clamor por justiça ambiental e contra o racismo ambiental. Revista de gestão integrada em saúde do trabalho e meio ambiente, v. 3, n. 1, p. 01-20, 2008. http://www.interfacehs.sp.senac.br/BR/artigos.asp?ed=6&cod_artigo=113
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e estatística. Panorama do município de Milhã Ceará Censo 2010. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ce/milha/panorama. Acesso em: 27 mar. 2019.
IPECE. Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará. Perfil Municipal 2017 Milhã. Disponível em: https://www.ipece.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/45/2018/09/Milha_2017.pdf. Acesso em: 04 maio 2020.
JACOBI, Pedro. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 118, p. 189–206, abr. 2003. Disponível em http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742003000100008&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 9 mar. 2024.
JACOBI, Paulo Roberto. Educação ambiental: o desafio da construção de um pensamento crítico, complexo e reflexivo. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 2, p. 233–250, ago. 2005. https://doi.org/10.1590/S1517-97022005000200007
LAYRARGUES, Philippe Pomier; LIMA, Gustavo Ferreira da Costa. As macrotendências político-pedagógicas da educação ambiental brasileira. Ambiente & Sociedade, n. 1, p. 23-40, jan./mar. 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/asoc/a/8FP6nynhjdZ4hYdqVFdYRtx/ Acesso em: 9 mar. 2024.
LOUREIRO, Carlos Frederico; TOZONI-REIS, Marília Freitas de Campos. Teoria social crítica e pedagogia histórico-crítica: contribuições à educação ambiental. REMEA-Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, p. 68-82, jul. 2016.
MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa. A recente produção científica sobre currículo e multiculturalismo no Brasil (1995-2000): avanços, desafios e tensões. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 18, set.-dez. 2001. https://doi.org/10.1590/S1413-24782001000300007
NASCIMENTO, Fabrício; FERNANDES, Hylio Laganá; MENDONÇA, Viviane Melo. O ensino de ciências no Brasil: história, formação de professores e desafios atuais. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.39, p. 225-249, set. 2010. https://doi.org/10.20396/rho.v10i39.8639728
QEDU. Escola Euclides Pinheiro De Andrade Eem - Milhã - CE - Enem 2018. Disponível em: https://www.qedu.org.br/. Acesso em: 05 maio 2020.
RAZZOLINI, Maria Tereza Pepe; GÜNTHER, Wanda Maria Risso. Impactos na saúde das deficiências de acesso a água. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 17, n. 1, p. 21–32, mar. 2008.
SANTOS FILHO, José Camilo dos; GAMBOA, Silvio Sánchez. Pesquisa educacional: quantidade-qualidade. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2013.
SANTOS, Wildson Luiz Pereira. Contextualização no ensino de ciências por meio de temas CTS em uma perspectiva crítica. Ciência & Ensino, vol. 1, número especial, nov. 2007.
SANTOS, Wildson Luiz Pereira; MORTIMER, Eduardo Fleury. Tomada de decisão para ação social responsável no ensino de ciências. Ciência & Educação, Bauru, v.7, n.1, p.95-111, 2001.
SAUVÉ, Lucie. Educação ambiental: possibilidades e limitações. Educação e Pesquisa, v. 31, n. 2, p. 317–322, ago. 2005. https://doi.org/10.1590/S1517-97022005000200012
SIGE. Sistema Integrado de Gestão Escolar. Secretaria da Educação do Estado do Ceará. Disponível em: http://sige.seduc.ce.gov.br. Acesso em: 04 maio de 2020.
SILVA, Rosana Louro Ferreira; CAMPINA, Nilva Nunes. Concepções de educação ambiental na mídia e em práticas escolares: contribuições de uma tipologia. Pesquisa em Educação Ambiental, v. 6, n. 1, p. 29, 25 jul. 2011. https://doi.org/10.18675/2177-580X.vol6.n1.p29-46
SOARES, José Francisco; ALVES, Maria Teresa Gonzaga. Desigualdades raciais no sistema brasileiro de educação básica. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.29, n.1, p. 147-165, jan./jun. 2003. https://doi.org/10.1590/S1517-97022003000100011
SONEGO, Anna Helena Silveira; BEHAR, Patricia Alejandra. M-Learning: Reflexões e Perspectivas com o uso de aplicativos educacionais. Nuevas Ideas en Informática Educativa TISE, p. 521-526, 2015.
SOUZA, Kellcia Rezende ; KERBAUY, Maria Teresa Miceli. Abordagem quanti-qualitativa: superação da dicotoamia quantitativa-qualitativa na pesquisa em educação. Revista Educação e Filosofia, v. 31, n. 61, p. 21–44, abr. 2017. https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.issn.0102-6801.v31n61a2017-p21a44
TAROUCO, L. M. R. et al. Jogos educacionais. Renote: Revista novas tecnologias na educação, Porto Alegre, v.2, n.1, março, 2004.
TRISTAO, Martha. Tecendo os fios da educação ambiental: o subjetivo e o coletivo, o pensado e o vivido. Educação e Pesquisa, São Paulo , v. 31, n. 02, p. 251-264, ago. 2005. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022005000200008&lng=pt&nrm=iso. Acesso: 9 mar. 2024.
VALENTE, Maria Esther; CAZELLI, Sibele; ALVES, Fátima. Museus, ciência e educação: novos desafios. Revista História, Ciências, Saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro, v.12, p. 183-2023. 2005. https://doi.org/10.1590/S0104-59702005000400010
ZIBAS, Dagmar; FERRETTI, Celso; TARTUCE, Gisela Lobo. Micropolítica escolar e estratégias para o desenvolvimento do protagonismo juvenil. Cadernos de Pesquisa, v. 36, n. 127, p. 51-85, jan./abr. 2006. https://doi.org/10.1590/S0100-15742006000100004
Downloads
Publicado
- Visualizações do Artigo 110
- pdf downloads: 39