Educação escolar indígena segundo os códigos da modernidade da CEPAL no século XXI
Resumo
A partir dos anos 1990 organismos internacionais como a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), publicam documentos com ênfase na educação enquanto condição de aliviamento da pobreza, êxito econômico e desenvolvimento dos países, especialmente, da América Latina e Caribe. Os códigos da modernidade emergem como proposta da CEPAL-UNESCO no ano de 1992, e são caracterizados pela aquisição da leitura, escrita, operações aritméticas e comunicação, sendo estes elementos imperativos para o desenvolvimento das competências dos indivíduos frente as demandas do mercado de trabalho. No início do século XXI, observa-se nos documentos da CEPAL uma atenção especial aos povos indígenas. Assim, o objetivo deste texto é discutir a proposta dos códigos da modernidade para estas populações. O artigo tem caráter bibliográfico, documental, e utiliza o método histórico-dialético na análise. Conclui que o discurso da inclusão indígena por meio dos códigos da modernidade pode conferir, inicialmente, uma questão essencial para que estes tenham acesso à educação escolar e superior, porém estando esta política dissociada da demarcação dos territórios, revela o ensejo de coesão, adaptação e integração dos indígenas ao capitalismo.
Abstract
Since the 1990s, international organizations such as the Economic Commission for Latin America and the Caribbean (ECLAC) and the United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO) have published documents with an emphasis on education as a condition of relief poverty, economic success and development of countries, especially Latin America and the Caribbean. The codes of modernity emerged as proposed by ECLAC-UNESCO in 1992, and are characterized by the acquisition of reading, writing, arithmetic operations and communication, these being imperative elements for the development of the skills of individuals in the face of the demands of the labor market. At the beginning of the 21st century, special attention is paid to indigenous peoples in ECLAC documents. Thus, the purpose of this text is to discuss the proposal of modernity codes for these populations. The article is bibliographic, documentary, and uses the historical-dialectical method in the analysis. It concludes that the discourse of indigenous inclusion through the codes of modernity may initially confer an essential issue for them to have access to school and higher education, however this policy being dissociated from the demarcation of territories, reveals the opportunity for cohesion and adaptation of indigenous to capitalism.
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