A produção do conhecimento e o (não) lugar das pessoas trans
invisibilização e resistências
Resumo
A partir de um estudo bibliográfico de cunho qualitativo, este artigo objetivou discutir a (re)existência trans no campo da educação, em especial, na Pós-Graduação Stricto Sensu, espaço privilegiado de poder e de construção do conhecimento científico. Assim, constata-se um alarmante (histórico e atual) cenário de subalternização de pessoas trans nos espaços educacionais de formação e produção do saber científico, por outro lado, observa-se também rupturas nesse sistema (cisnormativo) ao passo que algumas, ainda poucas, pessoas trans começam a ocupá-lo, fazendo eclodir suas vozes, perspectivas e histórias de vida. Suas existências sociais, políticas e educacionais têm produzido resistências e epistemologias que apresentam outras (re) interpretações e interrogações sobre a realidade social e sobre o próprio modo hegemônico de produção científica, cuja racionalidade, em geral, ainda hoje, ignora e desqualifica os saberes e existências de travestis, transexuais e transgêneros/as.
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