Atravessamento de memórias: a constituição do ethos da mulher bruxa amazônica
Resumo
O seguinte artigo tem por objetivo analisar a constituição da figura da mulher bruxa amazônica – a curandeira, erveira e benzedeira – que transcende seus saberes para o ambiente urbano. Para constituir o ethos de mulher bruxa amazônica através das memórias, utilizou-se como instrumento de coleta de dados a entrevista, na qual, as cinco mulheres belenenses, entre quarenta e setenta anos, relataram suas experiências. Para tal, usou-se como aporte teórico Ehrenreich & English (1973); Maingueneau (2006); Federici (2017); Russel & Alexander (2019), entre outros. Os resultados apontam para uma perspectiva positiva, por parte das intérpretes, das práticas das benzedeiras, curandeiras e erveiras. Quando associadas ao termo bruxa amazônica observa-se a presença dos estigmas herdados da inquisição e do legado de bruxaria que recaiu sobre as mulheres.
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