O Teatro engajado de Aldo Leite ou ouvindo mais pelas olhos do que pelos ouvidos
Resumo
A finalidade do presente artigo é apresentar e refletir uma das mais profícuas experiências teatrais no Maranhão na década de 1970: Tempo de Espera (1975). De autoria de Aldo Leite (1941-2016) e encenada pelo Grupo Mutirão, Tempo de Espera surpreendeu o público e a crítica nacional e estrangeira pela crueza de suas denúncias políticas e sociais em relação às misérias do interior maranhense na década de 1970. Essa experiência teatral se configurou como um dos grandes feitos cênicos no Maranhão, resultado, nessa perspectiva, de um engajamento tanto dos atores e autor quanto de uma geração de artistas e intelectuais de então. A pesquisa está baseada em depoimentos, críticas jornalísticas e observações teóricas de críticos como Yan Michalski (1977), Tania Pacheco (1976; 2005), José Arrabal (2001-2002), Tácito Borralho (2005) e o próprio Aldo Leite (1989; 2007).
Palavras-chave: Teatro brasileiro, Teatro engajado, Teatro maranhense
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