O ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO NA FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO

Autores

  • Marcelo R. dos Reis mahrceloreis@gmail.com
  • Emerson D. Monte edm489@gmail.com

Palavras-chave:

Reestruturação Produtiva, Contrato de estágio, Academia de ginástica, Precarização do trabalho.

Resumo

Este artigo Discute e analisa as relações de trabalho do estágio não obrigatório nas academias de ginástica de Belém. Demonstra as mediações entre a reestruturação produtiva do capitalismo a partir da crise do capital e as conexões existentes no estágio realizado nas academias de ginástica de Belém. O objetivo foi esclarecer as problemáticas que permeiam a constituição do estágio não obrigatório diante do processo de reestruturação produtiva no capitalismo em consonância com a desregulamentação e flexibilização do trabalho a partir da nova Lei do estágio 11.788/2008. O método adotado nesta pesquisa baseia-se na dialética materialista histórica, sendo realizada uma pesquisa de campo de caráter exploratório, em que o cenário é a Universidade do Estado do Pará (UEPA), Campus III de Educação Física - Belém, e os sujeitos envolvidos são 95 acadêmicos do curso de Educação Física da UEPA a partir do segundo semestre do ano de 2013 que estagiam em academias de ginástica. A análise dos dados foi realizada a partir da análise estatística. Os resultados evidenciaram uma forte conexão entre as mudanças ocorridas no mundo do trabalho a partir da reestruturação produtiva do capitalismo e as relações de trabalho no estágio nas academias de ginástica de Belém mediadas por alterações flexíveis nas relações e contratos de trabalho. Assim, concluiu-se que os estagiários são contratados para atuarem como um profissional formado sem ônus previdenciário para a empresa, sendo, portanto, desvirtuado de suas ações pedagógicas na prática do estágio, tornando-se um trabalhador precarizado sem quaisquer direitos trabalhistas.

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Publicado

04/08/2015
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