NIILISMO E MELANCOLIA: O MUTILAMENTO DO EU E O "ESPIRITO LIVRE"
Resumo
A partir das ideias de Nietzsche sobre as categorias do niilismo e o conceito freudiano de melancolia se demonstra
as relações entre o sujeito melancólico e o individuo niilista-passivo. "Ao longo deste trabalho se debaterá as formas
pelas quais o sujeito chega ao estado niilista-melancólico e quais os traços dos conceitos que se ligam e qual
comportamento os autores sugerem para uma ‘existência ativa". "A critica ao niilismo" esclarece a condição
psicológica estabelecida com uma incansável busca monista, como se seu fim fosse abandonar a si mesmo em
função da totalidade. O sujeito melancólico tem por essência a passividade diante da realidade que o ‘’engole’’ e o
‘’escraviza’’, ou seja, a melancolia (independente dos mecanismos de defesa neuro psicóticos do aparelho psíquico)
fixa sua existência em momentos positivamente extasiantes na iminência de dissipar (tentar esquecer) experiências
extremamente opostas, sobre a qual o individuo compreende tão real quanto suas experiências positivamente
valoradas, contudo, viciando sua percepção psíquica a extrair uma imagem global, sempre parada, extasiada do
objeto, no outro . Nietzsche propõe uma vontade de potencia e Freud uma sublimação para fugir do comportamento
melancólico, o que outrora (a libido) era condicionado por objeto(s) e objetivo(s) da natureza sexual deve ser
revertido por objetos e objetivos da expressão do "espirito livre" por meio das artes, ciências, filosofias, etc