O EXISTENCIALISMO E O ABSURDO: UMA ANÁLISE LITERÁRIA E FILOSÓFICA DA OBRA "A METAMORFOSE" DE FRANZ KAFKA.

Autores

  • Thaís da Silva Frazão thaisfrazao2017@gmail.com
    UEPA
  • Patrícia Romário Franco thaisfrazao2017@gmail.com
    UEPA
  • Elielson de Souza Figueiredo thaisfrazao2017@gmail.com
    UEPA

Resumo

Esse trabalho traz uma análise crítica e literária da obra fantástica "A Metamorfose" de Franz Kafka, com enfoque
nos recursos narrativos utilizados na construção do protagonista - Gregor Samsa -, tendo por objetivo
problematizar, à luz de conceitos do existencialismo, a relação de liberdade e de angústia, debatidos em Sartre
(1946). Segundo o filósofo o homem é livre para escolher e responsável pelos resultados de tais escolhas, contudo,
tal responsabilidade e liberdade possuem o poder de condená-lo. Em um primeiro momento, analisaremos como essa
relação se dá no contexto de Gregor, e como, uma vez metamorfoseado, as consequências de suas decisões e a
realidade de sua condição desencadeiam em si a angústia. Em seguida, entramos no segundo momento, quando
provocaremos uma reflexão acerca do Absurdo teorizado por Albert Camus (1941), para entendê-lo como chave
teórica da relação do homem com o mundo, de modo que a metamorfose do protagonista seja representação
ficcional desse conceito, o qual aponta para o cansaço existencial ao final dos atos de uma vida mecânica. Na obra,
buscamos analisar como as escolhas feitas por Gregor, contribuíram para despertar nele tal cansaço. Por fim,
analisamos o teor fantástico da obra pelo viés de Tzvetan Todorov (1970), com o intuito de indicar as relações entre
a narrativa fantástica e a filosofia existencialista.