A PORNOGRAFIA ENQUANTO AGENTE CORRUPTOR DE UMA SOCIEDADE
Resumo
Abordar-se-ão os efeitos da pornografia, analisando como esta deprava e corrompe a sociedade e as relação sociais,
conforme apresentado por John Finnis. O primeiro efeito é a corrupção da imaginação, compreendido pelo estimulo
aos desejos e às imagens que afloram o egoísmo que, a seu turno, retira a mutualidade do ato sexual,
transformando-o em uma espécie de masturbação. A segunda maneira pela qual a pornografia deprava e corrompe é
produzindo um profundo desprezo pelas pessoas, compreendendo o outro como um objeto a ser usado. Essas formas
de corrupção da sociedade privam os indivíduos das relações humanas, que deveriam ser o foco de toda ação, como
por exemplo a amizade e o casamento. Por isso, não existe um nível normal de pornografia, assim como não existe um nível normal de escravidão. Logo, uma sociedade que permite que símbolos da degradação sexual ressoem com um grande fascínio em um meio de comunicação, por exemplo, está ensinando à sociedade que certas relações são mais gratificantes que outras. E, ainda que algumas pessoas deixem de adotar essa atitude em suas disposições e ações, isso deve ser à custa de uma profunda desintegração e dissociação de sua vida imaginativa e emocional. Portanto, a pornografia corrompe a sociedade, posto que a privacidade, o sigilo e a intimidade da relação sexual devem ser valorizados para que o ato não seja uma mera excitação dos sentidos e alívio da tensão e sim uma expressão clímax da afeição, da amizade e do amor que moldam a vida pública.