Revista Comunicação Universitária

NARRATIVAS DE CONVERSÃO AO CATOLICISMO: TRAJETÓRIAS RELIGIOSAS E TRANSFORMAÇÕES TEOLÓGICAS

José Ricardo da Silva Alencar — 2024-12-06

Este artigo analisa o fenômeno da conversão ao catolicismo em contextos contemporâneos, levando em consideração as transformações históricas, culturais e sociais que influenciam essas mudanças religiosas. A pesquisa qualitativa, fundamentada em entrevistas e análise de narrativas de conversão, intenta compreender as motivações que levam indivíduos a se converterem ao catolicismo, em um cenário marcado por crescente pluralidade religiosa e secularização. A investigação aborda o processo de conversão sob perspectivas teológicas, sociológicas e antropológicas, destacando a complexidade da adoção da fé católica e suas implicações existenciais e comunitárias. Conclui-se que as conversões ao catolicismo no século XXI refletem tanto uma busca por significado espiritual quanto uma resposta às incertezas de uma sociedade fragmentada pelo pós-modernismo.

RETRATOS DA ALFABETIZAÇÃO A PARTIR DA AVALIAÇÃO DE FLUÊNCIA LEITORA: O CASO DE SANTARÉM NOVO - PA

Fabio Colins — 2024-12-26

A alfabetização das crianças tem sido motivo de preocupação. Diante disso, o governo federal, em regime de colaboração com os estados e municípios, tem investido em políticas de alfabetização. Contudo, os resultados indicaram que muitas crianças que terminam o segundo ano de escolarização não estão alfabetizadas plenamente. Nesse contexto, esta pesquisa tem como objetivo compreender o nível de fluência leitora dos estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental da rede pública municipal de Santarém Novo - PA. Em termos metodológicos, foi realizada uma pesquisa qualitativa do tipo exploratória a partir dos resultados da avaliação de fluência leitora fornecidos pelo Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora e pelo Ministério da Educação. Os dados foram referentes ao perfil de saída das crianças que concluíram os dois primeiros anos de escolarização. Os resultados mostraram que a maioria dos estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental são pré-leitores nível 4, ou seja, aqueles que leem somente palavras soltas. Portanto, conclui-se que ao monitorar a fluência leitora, é possível detectar dificuldades como problemas de decodificação, falta de automatização ou baixa consciência fonológica.

AGRONEGÓCIO, AGROECOLOGIA, SOCIEDADE E FILOSOFIA

Guilherme Pepino Bastos — 2024-11-26

Muitas áreas presentes na filosofia podem ser relacionadas ao agronegócio, dentre elas se destacam a política, a ética, agroecologia, a epistemologia, a antropologia, a lógica, a metafisica e a questão agraria. E fazem parte do agronegócio toda a cadeia relacionada aos produtos agropecuários como a produção, o armazenamento, o processamento e a distribuição, gerando empregos diretos e indiretos à sociedade. Sendo o agronegócio para Brasil um importante componente do seu produto interno bruto. Com o Brasil se destacando na produção de alimentos e desenvolvimento de tecnologias. Apesar de todos os desafios, como variação dos preços de insumos e produtos durante a safra, enfrentados pelos produtores rurais, o setor consegue apresentar crescimento. A busca da sustentabilidade dentro do setor é constante, pois a mesma é uma resposta às ameaças ecológicas, sociais e de saúde. Pois os seres humanos têm a necessidade constante da busca pela subsistência, a qual os mesmos fazem uso de planejamento e criação de ferramentas, para expandir a produção e transformar matérias primas em produtos finais

OFICINA FORMATIVA: ENSINANDO CIÊNCIAS ATRAVÉS DA APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS

Ronaldo dos Santos Leonel — 2024-12-23

Este trabalho analisou de que maneira a Metodologia Ativa Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) contribui para a formação inicial de educadores. A pesquisa foi realizada com uma abordagem qualitativa, semelhante à pesquisa-ação. As informações foram coletadas durante uma oficina ofertada aos acadêmicos do curso de Licenciatura em Pedagogia do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal - UNIPLAN, localizada na região Transamazônica e Xingu em Altamira Estado do Pará, dentro da disciplina Metodologias do Ensino de Ciências da Natureza, onde professores em formação inicial puderam vivenciar a proposta metodológica. A análise dos resultados, sob a perspectiva dos pesquisadores com foco no ensino, revelou que a inclusão de métodos ativos na formação docente é promissora, pois as reflexões sobre teorias e práticas educacionais de forma integrada e contextualizada sinalizaram possíveis alterações nas futuras decisões pedagógicas.

OBJETO OU SUJEITO? REFLEXÕES SOBRE O LUGAR EPISTEMOLÓGICO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Ana Cláudia da Cunha Miranda — 2024-12-27

Este artigo é resultante de uma Pesquisa Narrativa, de natureza qualitativa, que teve como objetivo compreender as experiências humanas vividas e relatadas em contextos de formação de professores em serviço. A pesquisa ocorreu em ambiente de formação doutoral de professores que ensinam ciências e matemática, ancorados nos pressupostos da formação continuada como desenvolvimento profissional, sobre o reconhecimento em sermos sujeitos e não objetos no processo formativo e a importância de a formação considerar o convívio em comunidade. Situamos este artigo no paradigma da racionalidade crítica, que adota uma abordagem problematizadora de ensino e busca superar a racionalidade técnica, que se pauta na transmissibilidade de conhecimentos. Propusemos atividades individuais e em grupo que ajudaram a refletir sobre as experiências anteriores, identificando em quais episódios os professores se identificaram na condição de objetos e sujeitos. Como material empírico analisamos aprendizagens listadas pelos professores. Essas aprendizagens correspondem ao que foi dialogado em sala consonante com o processo reflexivo acerca das experiências em que estes docentes se consideraram objetos ou sujeitos no processo formativo. Os dados empíricos foram analisados por meio da Análise Textual Discursiva. O foco deste estudo ancora-se nas reflexões destes profissionais e seus desdobramentos sobre o processo de constituição identitária e desenvolvimento profissional, que resultaram na importância de se considerar sujeito tanto no processo formativo quanto nas práxis diária no contexto da sala de aula, passando de objetos para professores críticos, ativos, reflexivos e transformadores da realidade.

ENSINO DE FÍSICA POR INVESTIGAÇÃO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Marcos André de Sousa Albuquerque — 2024-09-25

Trata-se de um levantamento bibliográfico que investiga o panorama atual das pesquisas em ensino por investigação na física, abrangendo um intervalo de aproximadamente 20 anos de produção científica. O principal objetivo foi analisar o perfil dessas pesquisas, apontando sua evolução ao longo do tempo. Para isso, foram consideradas diversas fontes: a) revistas especializadas de qualis B2 a A1 em Ensino de Ciências/Física; b) dissertações de mestrado e teses de doutorado; c) anais de eventos científicos como o ENPEC; e d) conclusões de revisões de literatura sobre o tema. Como resultado, foi possível verificar que o ensino por investigação tem se consolidado como uma abordagem central e eficaz, porém ainda em ascensão, promovendo um debate crescente na comunidade acadêmica.

PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA: AFETOS E SAÚDE MENTAL NO ESPAÇO ESCOLAR

Paulo de Tarso Xavier Sousa Junior — 2024-08-13

Este relato de experiência compreende em uma prática direcionada a alunos de uma escola técnica do município de Teresina/PI. A iniciativa teve como objetivo fomentar espaços de discussão sobre o bem-estar social, possibilitando a fala e escuta das subjetividades dos alunos. Para isso, foram realizadas cinco oficinas de periodicidade quinzenal entre os meses de setembro a novembro de 2022, por meio de dinâmicas de grupo. Os resultados apontaram para uma série de questões que atravessam esses alunos e proporcionam alterações em sua saúde e qualidade de vida. Essas questões estão relacionadas desse aos seus relacionamentos, o período da escola e a sua vivência (ou não) em casa. Conclui-se a necessidade de promoção de espaços onde esses jovens possam desenvolver o autoconhecimento e acima de tudo, possam estreitar o laço de relacionamento com a escola e consigo mesmo.

FORMAÇÃO CONTINUADA EM MATEMÁTICA: ANÁLISE NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DOCENTE DE EUSÉBIO

Paulo Vitor da Silva Santiago — 2024-09-25

A formação continuada é um processo constante que permite aos educadores aprimorar seus conhecimentos, refletir criticamente sobre suas práticas pedagógicas e melhorar a qualidade do ensino. No contexto da pesquisa sobre os professores de matemática da rede municipal de Eusébio, o objetivo é explorar como percebem a importância dessa formação para seu desenvolvimento profissional e os impactos na prática docente. A inauguração da Escola de Formação de Pais e Mestres em 2022 pelo portal da prefeitura de Eusébio é uma medida crucial para fortalecer o sistema educacional municipal e elevar os padrões de ensino. No ambiente escolar, os professores enfrentam desafios que vão além da disciplina dos alunos, como as competências socioemocionais. As formações continuadas em matemática desempenham um papel fundamental na melhoria da prática docente e no desenvolvimento acadêmico dos estudantes. A metodologia deste estudo adota uma abordagem qualitativa-quantitativa para investigar a eficácia dessas formações, buscando entender as complexidades e significados atribuídos pelos docentes às suas experiências. Os resultados revelam que a maioria reconhece sua importância, mas uma minoria expressa a necessidade de melhorias, destacando a importância do desenvolvimento coletivo dos currículos de formação e da interação entre os professores. Consideramos que o investimento contínuo na formação dos professores da rede de Eusébio é essencial para a Secretaria Municipal de Educação garantir uma educação de qualidade crescente aos alunos, refletindo o compromisso com a constante atualização e reflexão crítica dos educadores para enfrentar os desafios contemporâneos da educação.

PERCEPÇÃO FAMILIAR, DE PESSOAS COM TEA, SOBRE INTERVENÇÕES MULTIPROFISSIONAIS: ESTUDO DE CASO

Araceli dos Santos Nascimento — 2024-12-17

A família de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) deve ter vez e voz, pois por meio dela que também podemos compreender como os profissionais estão atuando no acompanhamento multiprofissional. Este estudo de caso tem como objetivo: verificar e analisar a percepção das famílias santarenas acerca das intervenções multiprofissionais de pessoas com TEA. É uma pesquisa de caráter qualitativo descritivo, no qual foi realizada com 7 famílias que possuem crianças ou adolescentes com TEA, na cidade de Santarém, Oeste do Estado do Pará. Para a coleta de dados foi usado um questionário online contendo nove perguntas abertas acerca do acompanhamento multiprofissional que a criança recebe. Para analisar esses dados coletados foi usada a técnica de categorização de Bardin. De acordo com os resultados, podemos perceber que para as famílias o trabalho multiprofissional é essencial na melhora da qualidade de vida, no entanto ainda possui muitas dificuldades, seja ela por distância entre os profissionais, tempo de terapia limitado ou ainda a falta de diálogo. Portanto, o trabalho multiprofissional ainda está no processo de construção e consolidação do cuidado da pessoa com TEA.

O NÚCLEO DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO – NATEE: UMA EXPERIÊNCIA DE ALFABETIZAÇÃO DE ALUNOS COM TEA

Marinete de Nazaré dos Santos Velasco — 2024-12-26

Este artigo constitui uma pesquisa bibliográfica sobre as ações pedagógicas aplicadas aos alunos com deficiências em espaços especializados. A questão norteadora é: como os professores do Núcleo de Atendimento Educacional Especializado (NATEE) desenvolvem práticas pedagógicas no processo de alfabetização, especialmente na aquisição da leitura e da escrita de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA)? Objetiva refletir a partir das fichas de evolução sobre as práticas pedagógicas desenvolvidas, tendo como foco o processo de alfabetização de crianças com TEA realizado pelo NATEE em 2019. Foram analisadas fichas de evolução de quatro alunos da instituição. Os resultados indicam que a aquisição da leitura e da escrita pelos alunos ocorre de forma evolutiva, com progresso acadêmico gradual a curto, médio e longo prazo. O estudo destaca a necessidade de políticas públicas que garantam o acesso e a permanência dos alunos em espaços que promovam a estimulação precoce e adequada, favorecendo o desenvolvimento das habilidades de leitura e de escrita. Além disso, é crucial implementar melhorias no espaço físico do Núcleo, que tem um papel fundamental.

ENSINO DO COMPORTAMENTO VERBAL PARA CRIANÇAS TEA: ESTRATÉGIAS PARA DESENVOLVIMENTO DA COMUNICAÇÃO UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Silma Moreira dos Santos — 2024-12-19

Introdução: O desenvolvimento da linguagem é muito importante, através dela a criança se identifica e interage na sociedade, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo, socioemocional e neuropsicomotor. A presença de um transtorno pode ocasionar dificuldades na aquisição da linguagem, como no Transtorno do Espectro Autista. Para minimizar tais prejuízos, o ensino de operantes verbais, são importantes para o desenvolvimento da linguagem, melhorar a comunicação funcional, o desempenho e o desenvolvimento dessas crianças. Objetivo: identificar como as estratégias em Análise do comportamento (operantes verbais: intraverbal, ecoico, tato e mando) contribuem para processo de desenvolvimento da comunicação e aprendizagem de crianças autistas. Metodologia: realizada revisão de literatura sistemática utilizando a base de dados nacional e gratuito de artigos, dissertações, teses e revistas online: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Repositório Institucional (USP, UFPA, UFMS, UFPB, UFSCAR, PUCSP, UNESP, UFC, UFMG)Portal de Periódicos da CAPES, Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), foram selecionados estudos publicados entre 2015 a 2021. Resultados: Foram identificados 24 trabalhos correlacionando estratégias de ensino do comportamento verbal e suas contribuições para o desenvolvimento da comunicação. Os estudos demonstraram um aumento na emissão de respostas funcionais após o ensino de operantes verbais. Conclusão: Concluiu-se que a Análise do comportamento com o ensino de operantes verbais, contribuem para o desenvolvimento da comunicação de crianças autistas, refletindo também em aspectos sociais, acadêmicos e na redução de comportamentos interferentes. É importante continuar a realizar pesquisas para desenvolver e avaliar novas intervenções e melhorar os resultados para pessoas autistas.

ALFABETIZAÇÃO DE ESTUDANTES COM TRANTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO DURANTE O PERÍODO DA PANDEMIA DE CORONA VÍRUS

Barbarela Karina Cardoso Hage — 2024-12-20

A pandemia de corona vírus trouxe desafios significativos para a alfabetização de estudantes autistas, destacando a necessidade de adaptações educacionais e suporte adicional. O presente estudo objetivou investigar quais estratégias metodológicas de alfabetização foram utilizadas com estudantes que apresentam o Transtorno de Espectro Autista no contexto de pandemia, onde adotou-se o ensino remoto. Trata-se de um estudo de caso exploratório, com abordagem qualitativa, para a interpretação e análise dos dados foi utilizado a análise de conteúdo baseados em Bardin (1997,2011) e em Oliveira e Mota Neto (2011) para interpretação e sintetização dos resultados. O estudo evidenciou a ausência de estratégias metodológicas baseadas em evidências científicas para a alfabetização de estudantes com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) nas aulas remotas. Nenhuma das práticas observadas ou relatadas pelos participantes apresentou fundamentação científica comprovada, evidenciando uma lacuna significativa na adoção de abordagens pedagógicas eficazes e embasadas para esse público. Pode-se considerar que a presente pesquisa teve limitações e dificuldades na obtenção de um maior número de sujeitos participantes, no entanto o estudo alcançou o objetivo proposto ao evidenciar que os docentes utilizaram como estratégia de alfabetização recursos tecnológicos, sem desapegar de antigas metodologias utilizadas antes do ensino remoto.

PRÁTICAS EDUCACIONAIS PARA A PROMOÇÃO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM TEA

Nazaré Fagundes de Oliveira — 2024-11-29

O presente artigo trata-se de um estudo de caso com abordagem qualitativa, cujo objetivo geral foi analisar as práticas educacionais para promoção de alunos com Transtorno do Espectro Autista em uma escola de Ensino Fundamental da rede municipal de Alenquer, Pará. Os objetivos específicos foram analisar se o Projeto Político Pedagógico da escola contempla os alunos com TEA; identificar a formação dos profissionais, as estratégias, adaptações e os recursos pedagógicos e sua contribuição para a inclusão do aluno com TEA; verificar dificuldades e possibilidades dos profissionais em desenvolver práticas educacionais inclusivas junto ao aluno com TEA. Metodologicamente foi aplicado questionário com perguntas abertas, via Google Forms, devido ao período pandêmico por Covid-19, direcionado ao gestor, ao coordenador pedagógico, a professores regentes do ensino regular e do atendimento educacional especializado, num total de onze profissionais. Os resultados permitiram identificar dificuldades em conhecer sobre o TEA, falta de formação continuada, dificuldades em realizar adaptações curriculares. No que se refere a inclusão em trabalhos e projetos, verificamos que em todas as atividades propostas há participação ativa dos alunos com TEA, nesta instituição favorecendo positivamente a socialização dos mesmos.

AS MÚLTIPLAS ESTRATÉGIAS DOCENTE FRENTE AO ALUNO COM TEA – VIVÊNCIAS PEDAGÓGICAS

Ana Cely de Sousa Coelho — 2024-12-27

O objetivo deste artigo é desvelar a prática docente com alunos autistas em uma escola do campo no interior da Amazônia, verificando a relação docente em aspectos pedagógicos do ensino. Metodologia utilizada - pesquisa qualitativa, entrevista semiestruturada com análise de conteúdo, realizada com 8 professores sem formação específica para trabalhar com alunos autistas de uma escola pública no interior da Amazônia. Os resultados e discussões apontam para a sensação de vulnerabilidade psicológica do docente diante do aluno com TEA em um ambiente formal de ensino na formação dos docentes para trabalhar com alunos TEA em sala de aula, vendo as características essenciais do docente no contexto multidisciplinar, metodologias de ensino utilizadas com esses alunos, situações de frustração e impotência docente vivenciadas em sala de aula, pontos positivos e negativos da relação ensino aprendizagem com alunos autistas. A partir dos dados foi possível perceber a fragilidade da formação docente para incluir alunos com TEA, assim como, a ausência de formação permanente desse profissional, ofertada pelo sistema de ensino, voltada a qualificação da prática pedagógica inclusiva. Resultando em sentimento de frustração diante da dificuldade de interagir, atrair a atenção e estabelecer proximidade com os alunos autistas e assim, estabelecer um processo de ensino aprendizagem satisfatório e também uma predisposição positiva do docente para superar as dificuldades. Pesquisas dessa natureza podem ser implementadas como medidas de fortalecimento de uma educação de qualidade para a criança autista, promovendo a socialização das práticas docentes e a divulgação de experiências no enfrentamento dos desafios da educação inclusiva do aluno com TEA.

A INCLUSÃO DE CRIANÇA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE ALMEIRIM-PA: DESAFIOS NA PRÁTICA DOCENTE

Claudia Lima de Souza — 2024-12-02

O presente trabalho intitulado, a inclusão de criança com transtorno do espectro autista no Município de Almeirim-PA: Desafios na prática docente, tem como objetivo principal analisar a inclusão de criança com transtorno do espectro autista na educação infantil e alguns aspectos do processo educacional que contribuem para o desenvolvimento e aprendizagem de alunos com TEA na educação infantil. De acordo com a Lei N° 12.764, todos os alunos com TEA (Transtorno do Espectro Autista) devem poder frequentar instituições de ensino regulares, mesmo que, cada autista se apresente de um jeito e cada um receba o diagnóstico num momento diferente. Metodologicamente trata-se de uma pesquisa de cunho bibliográfico, a partir o embasamento teórico de alguns autores como: Maria Teresa Egler Mantoan, Vygotsky, Cavalcant, Cunha, Freire e Ferreira. Foi realizado um levantamento dos principais trabalhos sobre a inclusão de crianças autistas na educação infantil, que foi efetivado através de uma busca no google acadêmico em busca de artigos mais atualizados com as palavras-chave autismo + inclusão +educação infantil. Embora o foco da busca tenha se situado em artigos voltados a educação infantil, alguns trabalhos do ensino fundamental foram incorporados nesta revisão pela sua possibilidade de adequação ao mundo da criança que não finda na educação infantil. Conclui-se que para que aconteça uma inclusão com resultados, são vários os fatores que contribuem para o seu desenvolvimento e o principal é a qualificação do docente que atenderá a criança com TEA na sala regular de Educação Infantil.

CONSTRUÇÃO DE NÚMERO: REFLEXÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS DO APLICATIVO “123 AUTISMO”

Ana Carolina Leite Neves — 2024-12-29

Este estudo tem como base teórica a abordagem piagetiana, no que concerne a construção do conceito de número, está para além da contagem e que depende de cinco elementos, além de outros conceitos. O problema de pesquisa: “como o aplicativo 123 autismo pode contribuir na construção de número, por alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos anos iniciais do Ensino Fundamental, conforme a abordagem piagetiana? Com objetivo de analisar os limites e possibilidades do aplicativo 123 autismo na construção de número por alunos com TEA no Ensino Fundamental. Pautando-se na abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso, um estudo descritivo, de natureza aplicada e análise e interpretação de dados tratados pela análise de conteúdo. Nos resultados construímos reflexões acerca do uso, potencialidades e lacunas do aplicativo 123 autismo, na construção do conceito de número aos alunos com TEA, bem como, propomos sugestões didático-pedagógicas a partir da perspectiva teórica piagetiana. Como principais achados, o aplicativo apresenta potencial para o trabalho com os elementos: correspondência termo a termo, seriação e classificação; já as lacunas: o aplicativo não possui embasamento teórico com o trabalho com número; não possui ferramentas para mensurar o aprendizado do aluno; não oferece atividade para o desenvolvimento de inclusão de classes e conservação, conceitos fundamentais para construção do conceito de número podendo levar ao erro da mera memorização de numerais.

A TRAJETÓRIA HISTÓRICO-CONCEITUAL DO AUTISMO NA PSICANÁLISE

Renata Wirthmann Gonçalves Ferreira — 2024-12-17

Conjuntamente às mudanças da compreensão do autismo nas classificações diagnósticas, modificou-se também o seu lugar no mundo e sua incidência. Num primeiro momento, este foi considerado um sintoma, posteriormente um diagnóstico independente, até tornar-se uma espécie de epidemia diagnóstica. A psicanálise que, ainda nos anos 30, foi precursora na teorização, tratamento e publicação de caso clínico sobre o autismo, se distanciou do tema, retornando a ele com profundidade somente algumas décadas depois. A psiquiatria por sua vez, a cada nova edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), foi modificando a compreensão acerca do autismo, trazendo características gradativamente mais biológicas e comportamentais e menos subjetivas, ampliando os seus critérios diagnósticos até defini-lo atualmente como um Transtorno do Espectro Autista (TEA), ocasionando uma crescente de diagnósticos por todo o mundo. A psicanálise, que desde a última década vem contribuindo ativamente na investigação sobre o autismo, tem como uma de suas concepções mais atuais o modelo teórico de Jean-Claude Maleval, que localiza o autismo como um modo de estruturação psíquica do sujeito. Desta maneira, o olhar cauteloso sobre um possível excesso de diagnósticos de autismo no Brasil e no mundo foi o motor inicial desta pesquisa, que através de uma revisão da literatura, buscou percorrer a trajetória histórica deste diagnóstico, com o objetivo de compreender os impactos provocados pela lacuna de tempo em que a psicanálise, apesar de pioneira nas descobertas sobre o autismo, fez-se ausente à questão, bem como saber de que maneira ela pensa o autismo hoje.

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA E EDUCAÇÃO INFANTIL: UM ESTADO DO CONHECIMENTO DAS PRODUÇÕES BRASILEIRAS

Ana Paula Santos Sarmanho — 2024-11-29

As políticas públicas e estudos de pesquisadores e profissionais do campo tem debatido sobre a educação de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), buscando a garantia ao acesso e permanência delas aos espaços escolares. Esse estudo tem como objetivo analisar as dissertações e teses na interface entre o TEA e a educação infantil, entre os anos de 2017 a 2021. Essa pesquisa se caracteriza como bibliográfica, do tipo estado do conhecimento, na qual buscou-se as produções brasileiras no Banco de Dissertações e Teses. Identificou-se 29 estudos que foram analisados segundo a Análise de Conteúdo de Bardin (2011). Os resultados apontaram que 13 estudos foram realizados na temática da inclusão escolar e prática pedagógica; em sua maioria, em Programas de Pós-graduação a nível de Mestrado; a metade dos estudos são um estudo de campo, com abordagem qualitativa; os instrumentos mais utilizados foram a entrevista e a observação; 11 estudos optaram pela análise de conteúdo de Bardin para basilar a análise dos dados. Destacou-se também que 9 trabalhos trouxeram produtos educacionais, como cartilhas de orientação e propostas de atividades, para oferecer um suporte aos profissionais no processo de ensino e aprendizagem de crianças com TEA na educação infantil. Portanto, espera-se que esse artigo contribua com o arcabouço teórico e prático de professores e pesquisadores que atuam no campo da educação inclusiva, possibilitando conhecer a produção científica nessa interface e vislumbrando novos caminhos para a prática pedagógica e produção de conhecimentos.

A INCLUSÃO COMUNICATIVA PARA ESTUDANTES COM TEA ATRAVÉS DA SINALIZAÇÃO DE ESPAÇOS

Aline Lourenço Bittencourt — 2024-12-27

Este artigo apresenta o processo de implantação de um sistema robusto de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) por meio da sinalização dos espaços, em uma escola pública federal, realizada por profissionais do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE) com vista a incluir estudantes com Transtorno do Espectro Autista, que possuem Necessidades Complexas de Comunicação (NCC). O objetivo principal do projeto foi promover a inclusão comunicativa, proporcionando um ambiente mais inclusivo, que facilite a comunicação e o desenvolvimento linguístico para toda comunidade escolar. Trata-se de uma pesquisa-ação, tendo sido dividida em algumas fases, a citar: 1-revisão de literatura científica através de artigos encontrados nas bases de dados Pubmed e Scielo a partir dos termos comunicação alternativa e sinalização dos espaços; 2-compreensão do contexto arquitetônico do campus em questão; 3-levantamento das plataformas relacionadas a CAA e sinalização de espaços-; 4-identificação da melhor sinalização vinculada às necessidades dos usuários considerando a CAA; 5- avaliação. Foi possível constatar que, ainda que cada estudante autista necessita, em sua singularidade, do desenvolvimento da comunicação individualizada, a sinalização dos espaços da escola permite que estes possam se comunicar com a comunidade escolar em geral, até mesmo com aqueles que não estejam diretamente envolvidos com os estudantes, possibilitando sua inclusão e permanência nos diferentes espaços.

OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO DE ALUNOS AUTISTAS NO PERÍODO PANDÊMICO

Zelinda Duarte Rodrigues — 2024-11-29

Este artigo, cujo tema é compreender Os Desafios da Educação de Alunos Autistas no Período Pandêmico, teve como objetivo investigar as mudanças nas práticas pedagógicas dos professores de alunos autistas em uma escola municipal de ensino fundamental no município de São Miguel do Guamá, PA. Essas mudanças foram decorrentes da necessidade de atender aos protocolos de saúde no contexto da pandemia mundial do novo coronavírus (Covid-19). Diante do cenário da pandemia, iniciada em 2019, o ensino remoto proporcionou uma nova forma de interação pessoal mediada por tecnologias. Nesse contexto, surgiu a seguinte questão-problema: Quais estratégias pedagógicas foram utilizadas pelos professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE) durante o período pandêmico para atender alunos autistas? A partir disso, elaborou-se o objetivo geral: Investigar as práticas dos professores do AEE no período da pandemia da Covid-19, voltadas ao atendimento de alunos autistas em uma escola municipal da rede pública no município de São Miguel do Guamá, PA. Derivados desse objetivo geral , foram definidos três objetivos específicos: descrever acerca do acesso escolar do aluno autista; analisar as práticas utilizadas pelos profissionais que atendem alunos autistas; e identificar as dificuldades dos professores ocorridas no processo de ensino/aprendizagem dos alunos autistas em virtude da pandemia mundial da Covid-19. A metodologia adotada foi uma pesquisa de campo, caracterizada como um estudo de caso com abordagem qualitativa. Como instrumentos, utilizou-se um questionário e a técnica de análise de dados do tipo descritivo-interpretativa, complementados por entrevistas não estruturadas. Os resultados da pesquisa concluem que apesar das adversidades impostas pela pandemia da Covid-19, os professores do AEE desempenharam um papel fundamental ao adaptar suas práticas para atender às necessidades dos alunos autistas. Esse esforço destaca a importância de investir na formação continuada e no suporte tecnológico aos profissionais da educação, visando garantir a inclusão e o desenvolvimento pleno desses alunos, mesmo em contextos adversos.

RASTREADOR OCULAR COMO FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM ALUNOS COM AUTISMO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Nair Daiane de Souza Sauaia Vansiler — 2024-12-18

As dificuldades em avaliar a aprendizagem de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm sido um tema central de pesquisa no Brasil. O uso do rastreamento ocular, por não ser invasivo e não exigir respostas motoras complexas ou linguagem escrita, tem se mostrado particularmente relevante para o estudo de indivíduos com TEA. Este artigo apresenta os resultados de uma revisão integrativa sobre a aplicação do rastreador ocular como ferramenta de avaliação da aprendizagem de alunos com TEA. A metodologia utilizada consistiu em uma revisão bibliográfica de estudos realizados no Brasil sobre a avaliação da aprendizagem de crianças com TEA em idade escolar, da educação infantil até o final do ensino fundamental I, utilizando o rastreador ocular. Os resultados indicam que os participantes apresentam maior tempo de fixação em objetos familiares e coloridos, além de dificuldades em tarefas que envolvem organização frasal. Concluímos que o rastreamento ocular é uma ferramenta eficaz para avaliar a aprendizagem de crianças com TEA, oferecendo dados valiosos para a personalização de atividades de ensino, conforme as características individuais de cada aluno autista.

HABILIDADES SOCIAIS NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: INTERVENÇÃO EM GRUPO SOCIAL

Carolina Moraes Dourado — 2024-12-20

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é conceituado como déficits na comunicação e interação social em múltiplos contextos, padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e/ou atividades que se mostram persistentes na vida dos indivíduos. As habilidades sociais são um conjunto de comportamentos necessários para a convivência entre os indivíduos e sua comunidade, e geralmente apresentam-se como deficitárias no repertório de pessoas diagnosticadas no TEA. A fim de contribuir com a literatura acerca do desenvolvimento de habilidades sociais no contexto do TEA, este trabalho tem como objetivo apresentar e comparar padrões comportamentais antes e após o treino em um grupo social. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva. Participaram do estudo crianças entre 4 e 12 anos de idade, que participaram de intervenção grupal em um espaço terapêutico. A análise dos dados foi realizada por meio de estatísticas descritivas e pelo teste não-paramétrico de Wilcoxon. Os resultados indicaram que os cuidadores relataram queixas comportamentais diversificadas relacionadas sobretudo a categorias de autorregulação e brincar social. Além disso, foi possível identificar que a partir de um ano de intervenção em sessões de grupo, houve ganhos de habilidades no repertório das crianças. Destaca-se a importância de intervenções nas habilidades sociais para pessoas no TEA e o treino de cuidadores para estratégias de generalização e manutenção das habilidades adquiridas na intervenção em ambiente clínico.

O ENSINO DA HETERONORMATIVIDADE NAS IGREJAS EVANGÉLICAS: DOUTRINAÇÕES HOMOFÓBICAS E OS IMPACTOS SOCIAIS

Francisco Gabriel Pereira Nascimento Farias — 2024-11-26

Este estudo tem por objetivo compreender como os pastores da Igreja Assembleia de Deus promovem o ensino da heteronormatividade por meio de discursos homofóbicos que desqualificam e desumanizam homens gays. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, baseada na história de vida de um dos autores do trabalho. Fundamentamo-nos nos conceitos de interdição, separação/rejeição e vontade de verdade de Foucault (2014), bem como na perspectiva de educação dialógica de Freire (1987), que se apresenta como uma alternativa para promover respeito e inclusão, evidenciando a importância de combater discursos intolerantes com o auxílio de uma educação crítica e transformadora. Os resultados apontam que essas práticas discursivas reforçam a exclusão social e a desumanização de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexo, assexuais, pansexuais, não binárias e demais pluralidades, especificamente os corpos gays. Concluímos que, a partir da práxis dialógica freireana, centrada na valorização das diversidades, na formação da consciência de si e na crítica às verdades absolutas pregadas nos púlpitos, torna-se possível enfrentar os discursos heteronormativos promovidos pelos pastores na Igreja Assembleia de Deus e proteger as pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexo, assexuais, pansexuais, não binárias e demais pluralidades das violências e exclusões sociais a que são submetidas.

PERCURSO GEOGRÁFICO SOB A ORIENTAÇÃO DE MARIA CÉLIA NUNES COELHO

João Marcio Palheta — 2024-10-01

O ensaio apresenta um relato reflexivo da trajetória acadêmica do autor em geografia, enfatizando a influência significativa de sua mentora, a pesquisadora e professora Maria Célia Nunes Coelho, e suas experiências na Universidade Federal do Pará (UFPA). Iniciando como pesquisador estudantil em 1991, o autor mergulha no âmbito da pesquisa geográfica, com trabalhos iniciais sobre os impactos do espaço agrário no Pará. Sua narrativa abrange a trajetória desde os estudos de graduação até os empreendimentos pós-doutorais, destacando projetos-chave como os impactos socioambientais da Ferrovia Carajás. O texto é tanto uma homenagem à Professora Maria Celia Nunes Coelho quanto um olhar introspectivo sobre o desenvolvimento cientifico acadêmico do autor como geógrafo, sublinhando o poder transformador da orientação acadêmica e a importância da geografia na compreensão e no enfrentamento de questões regionais e ambientais na Amazônia.

EXPEDIENTE

Felipe da Silva Dutra — 2024-11-25