A Religião e o Aborto no Estado Nacional: do racismo de Estado à vida nua da mulher

Autores

  • Vinícius Manduca manoelmoraes@uepa.br
    Doutorando em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Palavras-chave:

1. Religião e Política, 2. Aborto, 3. Pró-vida, 4. Biopolítica,

Resumo

A presença religiosa em cargos públicos tem suas consequências reais no cotidiano do brasileiro. Leis de inspiração religiosa são comumente debatidas e validadas em plenário nacional ocasionando a obrigatoriedade de seu cumprimento pela sociedade civil independente de filiação religiosa. Dentro desse cenário se insere a descriminalização do aborto voluntário. Sendo condenado por perspectivas religiosas e pela constituição nacional - com a exceção de casos específicos - a interrupção voluntária da gravidez é constantemente debatida em plenário. Devido às condições legais em que a questão é tratada é progressivo o número de abortos realizados clandestinamente, os quais devido às suas condições põe em risco a vida da mulher. Nesse contexto, o presente artigo propõe analisar a questão a partir dos conceitos de biopolítica e racismo de Estado, do filósofo francês Michel Foucault, demonstrando que as práticas em plenário nacional obrigam o Estado a decidir quem merece ou não viver.

Biografia do Autor

Vinícius Manduca, Doutorando em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Doutorando em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Pesquisador do Núcleo de Estudos de Religião, Economia e Política (NEREP) e do Centro de Estudos Políticos, Religião e Sociedade (CREPES-UNIFAP).

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